Carta Pastoral
Os bispos portugueses estão a preparar uma carta pastoral sobre ética social. O documento foi aprovado, na generalidade, pela Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que está reunida em Fátima.
O documento define um conjunto de áreas de intervenção prioritárias, de forma a alterar a realidade: necessidade de participação na vida pública, o desenvolvimento do trabalho digno e justo, a ética do mercado e a necessidade de a subordinar à construção do bem comum.
In JN
A admirável preocupação da igreja com o desenvolvimento social é deveras tocante. A ética social passa, sem sombra de dúvida, por incutir no cidadão os valores fundamentais para vida em sociedade. Neste sentido, é perfeitamente ético e justificável a condenação da homossexualidade e a classificação do rabeta como um doente. Ainda sobre esta matéria, não posso deixar de louvar o esforço efectuado pelos sacerdotes na prevenção desta maleita: diáriamente, relembram aos mais novos, que, na prática, não é assim tão bom levar na peida como se consta. É certo que os métodos são pouco convencionais mas inesquecíveis:
- Vês como doí, vês?
A construção do bem comum através da ética do mercado. Esta ideia é tão vaga e demagógica como as frases das misses nos concursos:
- Eu quero que acabe a guerra no mundo e a fome e que as mulheres não sejam mais violentadas como no Afeganistão e que o Dr. Paulo Portas tenha consciência e se demita de Ministro.
O que é que a bispalhada percebe de mercado? O que é o bem comum? A Cagada saiu à rua e perguntou às pessoas o que é o bem comum:
Paulo, estudante universitário, à saída do queimódromo:
- O bem comum é eu não pagar 20 cêntimos de propinas por dia porque é caro e eu preciso de dinheiro para a farmácia, para o gurosan, porque o nosso sistema de saúde é uma vergonha e o gurosan e os abortos deviam ser legais e comparticipados pelo Estado.
- Mas o gurosan já é legal!
- Ai é?
Mimi, puta, na esquina de minha casa:
- Ó Mimi, o que é para ti o bem comum?
- O bem comum apenas se obtem se os actores sociais desempenharem os seus papeis na sociedade de forma a que o resultado final não se apoie num jogo de soma nula em para uns ganharem outros percam, mas sim através da obtenção de um lucro social, inevitávelmente desigual, mas nunca com prezuijo de qualquer uma das partes. No aspecto microeconómico a empresa gera os seus resultados em simultaneo com um aumento do rendimento disponivel das famílias dos seus colaboradores que, por seu turno, poderão aumentar o próprio consumo de bens por esta produzidos e obter melhores condições de vida.
- E já agora, quanto é que levas por um broche?
O resultado da última questão é irrelevante no nosso estudo...
Em relação à carta pastoral, tivemos conhecimento que irá ser discutida na especialidade, nos próximos dias, adivinhando-se alguma falta de entendimento no capítulo:
Podem ou não os padres usar cuecas de renda?
Ficámos à espera...
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