Onda de Choque
Uma onda de choque e espanto varreu todo o país quando se descobriu que Ricky, o pequeno cantor dos extintos "Onda Choque" se transformou em Patrícia uma transexual amiga da avó.
Para quem passou o fim dos anos oitenta pouco preocupado com a extinção dos "Smiths" e atento à guerra épica entre "Ministars" e "Onda Choque" pelas preferências do público juvenil, não dou novidade nenhuma ao dizer que os "Onda Choque" simbolizavam a libertação sexual do cavaquismo (era lá que cantavam as gajas boas e os pequenos cantores masculinos eram tidos como verdadeiros ícones da atitude optimista e yuppie do "novo homem" português criado por Cavaco Silva). Por outro lado os "Ministars" (oriundos dos extintos "Queijinhos Frescos") tentavam sem sucesso libertar-se do cordão umbilical que inelutavelmente os prendia à Ana Faria e a momentos negros da cultura nacional como o "Brincando aos Clássicos I" e o "Brincando aos Clássicos II" que muitos de nós tivemos de gramar. Além disso, os "Ministars" ainda vestiam Cenoura numa altura em que o que menos queriamos era regredir para os tempos do Bloco Central e do aperto de cinto Soarista.
É por essas e por outras que duvido que a notíca da recente transformação de Ricky em Patrícia seja inocente, para mais numa altura em que os contendores de Cavaco se precipitam para a linha de partida das próximas presidenciais.
A Patrícia (ou "o" Patrícia) é uma potente bordoada no inconsciente cavaquista que perdura em todos nós. Transidos pela descoberta da queda de mais este mito, muitos de nós porão em dúvida que o cavaquismo tenha alguma vez existido!
Eles que venham explicar o que aconteceu aos "Ministars" que a gente também não se importa de saber...Ò vens!
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