Romeiro, quem és tu?
Das escuras brumas que envolvem a nação lusa, ergue-se um estranho vulto!...Vestindo pouco mais do que um misterioso hábito de monge, através do nacional ermo a estranha figura deambula...como que perdida por entre os escombros da nação decadente, a sua voz sibilina ecoa.
Entra no talho.
"...se calhar mais tarde arrependem-se de ter abortado..." (diz, apalpando o terreno). O homem olha-o surpreendido: agora também ele te dúvidas.
Adiante, no refeitório (pasme-se), mais surpresa, pois o que diz é evidente embora "nunca tenha ocorrido a ninguém".
Quem és tu, Romeiro? Tu que nos permites um vislumbre de luz e que partes enigmático do talho e do refeitório. Quem és tu, Romeiro, que magnânime educas por entre a torpe gente, que apontas o caminho, que nos corriges a rota, a nós "que pensamos aquilo que pensam as pessoas que não pensam"...
És José António Saraiva, estás sériamente doente, e, o que é mais grave, tens quem te deixe escrever o que escreveste esta semana aqui.
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