terça-feira, outubro 21, 2003

Tintin

Tintin
Começo a ficar um pouco para o fodido de todas as vezes que entro no site do Público. Não é que tenho que gramar com o rabeta do Tintin a correr-me pelo ecrân.
Quem foi o apaneleirado iluminado que teve a ideia de lançar esta colecção no jornal?
Será que não podiam arranjar personagem de BD mais roto do que o Tintin?
Para quem está céptico de que o Tintin engole a palhinha eu comprovo:
1º O cabelo loiro à Herman José com uma poupinha.
2º O caralho do cão em vez de ser um Pastor Alemão ou um Serra da Estrela é um Caniche ou uma merda parecida que precise que o dono lhe apare o pêlo e lhe limpe a merda do rabo.
3º O primeiro titulo da colecção é: Tintin Vai À Lua, com um pissalho ao xadrez na capa do livro.
4º Já em português o nome é apaneleirado, se o dissermos na lingua original: Tantan...dasse, até me dá suores frios...
5º Fala francês
6º É Belga
7º As personagens das aventuras são todos homens, à excepção de uma gorda que canta ópera.
8º É jornalista
Querem mais?
Só faltava ser do PS...
Porquê não lançaram a colecção do Lucky Luke, isso sim. Já o asterix me deixava algumas dúvidas... Mas adiante...

sábado, outubro 18, 2003

Fora do Contexto
Ferro "estou-me cagando" Rodrigues afirma que as suas frases foram retiradas do contexto pelo Ministério Público. Sempre a querer ajudar os menos afortunados e pelo respeito que a sua filha nos merece A Cagada propõe dois contextos na qual a frase mais "bombástica" das citadas não seria ofensiva. Caro Ferro: escolha, use e abuse.
Contexto - I
O Gastão encontra um cãozito e começa a enrabá-lo com toda a força. O António Costa vê a coisa e telefona ao Ferro Rodrigues.
- Ó pá, o teu cão está a comer o cão do João Segredo.
- Que se foda o Segredo. Ah ganda Gastão.
- Ó pá olha que o gajo trabalha no ministério da Justiça.
- Quero lá saber. Vem-te no rabo do gajo ó Gastão!!!
- Olha que o gajo é amigo do Sampaio e é um gajo bem colocado.
- E eu sou o secretário geral do PS. Ó pá para lá de chatear. Já te disse: Estou-me cagando para o Segredo da Justiça.
Contexto - II
O António Costa liga ó Ferro.
- Ó Ferro que tal?
- Estou a cagar pá. Liga depois.
- Depois não posso vou a um casamento. Falamos enquanto estás a cagar.
- OK. Ainda bem que ainda não inventaram os telemóveis com cheiro. Ontem foi dia de feijoada e está que não se pode. Ahhhhhhhh! Que belo tronco que aí vai!
- Cagar é relaxante não é?
- Que bela ideia que me deste agora. Uma pessoa a cagar têm outro discernimento. Se os temas quentes da nação fossem discutidos na casa de banho regados a WC Pato em vez de à mesa regados a Luis Pato este país pode ser que andasse para a frente.
- Tens razão Ferro. Até se podia fazer uma cena tipo "Conversas em Familia" chamada "Estou-me cagando para..."
- Ah! Ah! Ah! Pois é Toni!!! Ah! Ah! Ah! Ahhhhhhhhhhhhhhhhhh! Aí vai outro castanhinho rio abaixo.... O primeiro devia ser já sobre as últimas polémicas do caso Moderna e da Casa Pia. Podia-se chamar "Estou-me cagando para o Segredo de Justiça"
- Ah! Ah! Ah! Tens Razão! Ah! Ah! Ah!
- Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

segunda-feira, outubro 13, 2003

As birras dos putos
João Seco do Fundão alerta o pessoal para os problemas dos estudantes deslocados:
- tem que compartilhar uma casa;
- tem que almoçar na cantina e fazer o seu próprio jantar;
- sempre que vai visitar os pais gasta 20 EUR no comboio;

POBRE JOÃO!
Fica uma sugestão: Vai menos uma vez a casa por mês, pagas as propinas (16 EUR/mês) e ainda te sobram 4 EUR para uma mamada das tuas vizinhas aí do Técnico. Acredita, meu rapaz, no que dizia a ex-camarada Jacinta ao abandonar o partido: agora que já tenho vida sexual em cima já não preciso de gritar abaixo.

Relativamente à emotiva historia do estudante que queria ir para o IST e teve que ir para a UBI e recusando-me acreditar que o PCP defenda as obcessões pequeno burguesas que há universidades de primeira e de segunda só pode ser mais um exemplo da influência da blogosfera na vida portuguesa. Toda a gente sabe que a UBI é a universidade dos marretas!

sexta-feira, outubro 10, 2003

Politicamente incorrecto
Li interessado e discordante a leitura que o Joel Neto faz do politicamente incorrecto através da análise à personagem do Archie Bunker. Percebo o que ele quer dizer. Fazer humor à custa dos mais fracos é nitidamente escolher o caminho mais fácil. Mas o Joel (que também está aqui) esquece-se do fundamental: o humor não tem que ser uma arma. O pior do politicamento incorrecto é a cultura da vulnerabilidade e da ofensa. As pessoas levam tudo demasiado a sério. Até o humor.

quinta-feira, outubro 09, 2003

A nova ministra
85% do corpo diplomático apoia a escolha da Dr. Teresa Patricio Gouveia para ministra dos Negócios Estrangeiros. A razão principal têm a ver com o facto de normalmente as ministras escolherem assessores jovens e bonitos.
Análise politica da semana
A Descer:
- Paulo Pedroso: deixou de ser preso político e agora é só politico.
O Pipi
Um dos mais perfeitos planos de marketing dos ultimos tempos conheceu finalmente a luz do dia. Roidos de inveja pelo menosprezo que demos à ideia de que em Portugal a merda, por ser merda, vende, decidimos, dia 14 de Outubro, lançar "A Cagada" em edição flashmob Porto/Lisboa:
14:00 Encontro em frente às casas de banho da Estação de S. Bento/Sta. Apolónia
14:01 Calças para baixo e limpadela de cu
14:02 Observar atentamente o resultado acompanhado da expressão facial conveniente
14:03 Deixar contribuições monetárias junto dos senhores com expressão ameaçadora colocados em todas as saídas (incluindo as de emergência) - minimo 5 euros.
14:04 Desmobilizar com um sorriso.

terça-feira, outubro 07, 2003

A autonomia universitária e a filha do ministro - II

Vi também com muito interesse o Ministro Martins da Cruz ficar muito ofendido por terem usado o nome da filha para beneficios politicos. Não tinha nada que ficar ofendido. Quem começou a moda de usar o nome para tirar beneficios foi a sua filha.
A autonomia universitária e a filha do ministro - I

A análise mais interessante que vi esta semana acerca do "acidente" (acidente ter sido descoberto) da filha do ministro foi do JMF do Público. Segundo ele o problema teria sido evitado se houvesse autonomia universitária sendo da responsabilidade da Universidade escolher os seus alunos! É a chamada conclusão brilhante. Se os mais altos responsáveis da nação, permanentemente sob escrutinio dos média têm a puta da lata de interpretar a lei como bem lhes apetece imaginem numa sociedade de favores como é a nossa entregar essa decisão às Universidades. Em vez de 9 regimes de excepção teremos os equivalentes ao numero de universidades, faculdades, institutos e escolas superiores que existem em Portugal!

A grande vantagem da centralização é que só há uma mama a que só poucos têm acesso. E como só há uma nem sempre chega para todos. E quando assim é os mamões zangam-se e lavam a roupa suja em público. E assim se atinge o objectivo principal do bom governo: dar alegria ao povo.
O encontro
Na passada sexta-feira, o Pulha apresentou-nos um Cigano. Não sei qual seria a intenção dele. De qualquer forma, calcei as galochas e fui dar uma espreitadela. Achei curioso um post do dito cigano, em que ele elevava a alma cigana do cimo da sua burra face à vida mecânica que os gadje (não ciganos) levam: horas no trânsito, trabalhar feito camelo para comprar uma caixa de fosforos.
Caro amigo Cigano, se a puta da tua burra se lembrasse, incomodada com o animal que leva às costas, de ir dar pinotes para o meio da estrada e que, com isso, fosses bater com a mona no asfalto, quem é que tu achas que iria pagar o médico que te iria tratar dos cornos? EU, com os impostos que pago. A não ser que preferisses ir para a barraca para que te tapassem o buraco na tola com estrume de cavalo.
Sem dúvida que o espírito cigano é livre e que essa liberdade já escasseia na nossa sociedade em que todos os dias somos impelidos para um novo compromisso, crédito para a casa, crédito para o carro, dentista da mulher, colégio dos putos, aborto da amante, etc. Obviamente, apesar de ser mais fácil ir gamar para cobrir as despesas, os gadje, na sua maioria preferem trabalhar.
Se calhar em parte os ciganos estão certos. Para quê tantas merdas? Para quê oferecer à puta da mulher um vison se o mais natural era ela ser feliz apenas pelo facto de, nessa noite, não lhe escanar o focinho. Para quê ir jogar golfe se podemos jogar à malha com os filhos, principalmente com a filha de 12 anos do irmão.
Contudo, nunca poderemos fugir aos nossos compromissos da vida em sociedade. Temos de redistribuir o que temos, pagar impostos para ajudar quem tem menos, para fazer cumprir os principios da nossa Constituição.
Meu amiguinho, por mim serias livre como um pássaro se andasses por aí nas ruas a cheirar as flores, a ouvir o mar, a sentir os elementos, como tu o dizes, até te deixava urinar nos cartazes do Santana Lopes. É certo que não te levaria para casa como faço com os gatos ou cães vadios esfaimados, ou com as empregadas de loja do shopping, mas também não te chutaria, nem te cuspiria em cima. Mas a tua liberdade acabaria onde a minha começa e vice-versa. E se quisesses direitos, terias deveres e obrigações.

quarta-feira, outubro 01, 2003

O Eléctrico

Um eléctrico chamado Desejo
...À parte do título, não há nada neste post que pretenda lembrar que morreu Elia Kazan: Feroz delator de actividades anti-americanas, colérico amante de ostras e realizador de cinema. A humanidade deve-lhe a herança da poética dos últimos dez minutos do Esplendor na Relva, a Natalie Wood e a Eve Marie Saint capturadas como nunca, a angústiante cena da reunião sindical no "On the Waterfront" e a noção de eterno-retorno do "Eléctrico...". Passado este momento piroso de citação eclética (tom que está tão em voga nos Blogs...) passo ao que interessa.
Caro Bell, se o teu amigo se espetou contra o Magic Johnson, eu, para infelicidade minha, carrego o fardo de me ter espetado, aos 19 anos, contra um eléctrico.
Espetar-se contra um eléctrico é como bater numa criança. Dá gozo, pode traumatizar e os velhotes têm uma certa tendência para não compreender o acto...
Estive duas horas a teimar que se o gajo vinha da esquerda, electrico ou não, quem tinha prioridade era eu...
Escuso-me a contar o fim da aventura.
Fico à espera que algum lisboeta que já tenha batido contra um cacilheiro se denuncie.