quarta-feira, outubro 01, 2003

O Eléctrico

Um eléctrico chamado Desejo
...À parte do título, não há nada neste post que pretenda lembrar que morreu Elia Kazan: Feroz delator de actividades anti-americanas, colérico amante de ostras e realizador de cinema. A humanidade deve-lhe a herança da poética dos últimos dez minutos do Esplendor na Relva, a Natalie Wood e a Eve Marie Saint capturadas como nunca, a angústiante cena da reunião sindical no "On the Waterfront" e a noção de eterno-retorno do "Eléctrico...". Passado este momento piroso de citação eclética (tom que está tão em voga nos Blogs...) passo ao que interessa.
Caro Bell, se o teu amigo se espetou contra o Magic Johnson, eu, para infelicidade minha, carrego o fardo de me ter espetado, aos 19 anos, contra um eléctrico.
Espetar-se contra um eléctrico é como bater numa criança. Dá gozo, pode traumatizar e os velhotes têm uma certa tendência para não compreender o acto...
Estive duas horas a teimar que se o gajo vinha da esquerda, electrico ou não, quem tinha prioridade era eu...
Escuso-me a contar o fim da aventura.
Fico à espera que algum lisboeta que já tenha batido contra um cacilheiro se denuncie.

Nenhum comentário: