quinta-feira, setembro 18, 2003

A era do "fitness"

A era do "fitness"
Que desde meados dos anos noventa se vive a era do "fitness", não é novidade. Que se acompanhe a estranha tendência até em Portugal, não é, apesar de tudo, surpresa. Que milhares de pessoas aparentemente normais decidam diariamente por duas horas de ginásio e por vários litros de água em deterimento de dois robustos maços de ventil e umas cervejolas valentes ao fim do dia, estou quase disposto a compreender.
O que não aceito é a ideia do "fitness" ser uma espécie de inquestionável paladino do bem moderno. Democrático e de aplicação universal, com métodos actualizados e perfeitamente definidos.
Não raras vezes penso nos muitos desgraçados que se torturam diariamente em ginásios, vitimados por estratégias de emagrecimento padronizadas (e que só foram inventadas para quem já está em forma). Ocorre-me, a título de exemplo, uma criatura que frequenta um ginásio ao qual costumo ir. O infeliz deve pesar mais de 150Kg. Como um maníaco corre entre a aula de "Body-pump" a aula de Yôga e outras merdas semelhantes e perfeitamente inúteis. Vários apostadores independentes asseguram que, desde que lá está, o pequeno ginasta já ganhou peso. Acho que é altura de alguém parar esta loucura e fazer ver à grande máfia dos professores de fitness e ao infeliz séquito de obesos que os segue, que a vida não acaba nos métodos de emagrecimento importados e nas modalidades de ginásio modernas.
Por mim, estou disposto a tentar ajudar.
Ao meu pequeno amigo ginasta sugiro:
- o suicídio imediato (de preferência lancetando os pulsos) como medida extemporânea de resolução do problema de excesso de peso.
- a adopção de métodos mais tradicionais de exercício (porque não atar-se a uma carroça carregada com pedras e correr pela beira mar? O louvável trabalho que poderia fazer uma vez aparelhado a um bom arado também me parece uma ideia feliz).
- enverdar por uma cirurgia sempre eficiente e que consta basicamente na remoção integral do sistema digestivo. Não é um procedimento fácil mas os resultados estão a começar a aparecer e diz quem sabe que "não é tão mau como isso viver dependente de uma sonda nasocomial!"
...enfim, toda uma miríade de opções, tão esquecidas nos dias de hoje...

Nenhum comentário: