segunda-feira, setembro 15, 2003

O fim da macacada

O fim da macacada
À margem das mais recentes notícias sobre esse grande parque temático que é África (a inflação no Zimbabue atingiu os 486%...também no Zimbabue, fazendeiros (?!) brancos viram as suas propriedades invadidas por negros que "fazendo lembrar os gloriosos tempos da revolução bolchevique" (sic.) decidiram "completar a reforma agrária que havia ficado a meio" (sic.)...na Guiné-Bissau deu-se mais um notável golpe militar...os números mais recentes apontam para cerca de 300 óbitos diários causados pela sida na África do Sul...) decorreu em Schweringen an Danau mais uma cimeira dedicada ao tema: "Aceitamos apostas para o ano em que a África deixe de existir e para que possamos voltar a usar os pretos como fonte de energia não renovável" na qual participei, representando ACagada, como orador convidado.
Como grandes conclusões do encontro, retirei que: ninguém dá a África mais de vinte anos (pese a eterna questão: "Quem é que fode os gajos primeiro?" que este ano viu pesar mais a escola clássica que defende que "Os gajos com a guerra e com a puta da mania de serem todos intendentes e generais ainda quinam mais depressa do que com a sida"); que o alimento favorito do preto não é a banana mas sim o amendoím (isto que para muitos poderá ser uma novidade tem vindo a ser sustentado por rigorosos estudos quer à dentição quer ao sistema digestivo do preto que têm vindo a comprovar que este, na sua ainda proto-rudimentar fase evolutiva, já ultrapassou a banana tendo atingido o zénite que é o fruto seco com casca). Fiquei também a saber que já dois dos básicos conjuntos de sons emitidos pelos pretos atingiram o estatuto de dialecto (sei que esta notícia vem alegrar muitos dos meus leitores cabo-verdianos -parabéns rapazes!-) e que já seis em cada dez pretos prefere a Kalashnikov à tradicional lança, o que não pode deixar de ser lido como um grande sinal de esperança. Para o ano lá estaremos, outra vez, na senda do aprofundamento daquilo que se vai sabendo acerca desse amigo de todos nós que é o preto.

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