segunda-feira, setembro 15, 2003

O in?cio do ano lectivo

O início do ano lectivo
Todos os anos, em Setembro mas quando calha, tem início o ano lectivo. A anedota é sempre a mesma e já começa a ser patético chamar-lhe anedota. Tal como as estações do ano e o clima, o início do ano lectivo é "sempre pior do que já foi". Mas, tal como as estações do ano, ou o clima, o início do ano lectivo é, na realidade, sempre exactamente igual ao que sempre foi. Não compreendo o drama que se instala. Desde quando é que as escolas não foram sempre miseráveis? Desde quando é que o "corpo docente" nunca deixou de ser um bando de perfeitos falhados com vontade de "protestar" inversamente proporcional à vontade de ensinar? Desde quando é que os alunos não são, na sua maioria, um saudável bando de jovens alcoólicos e analfabetos, que sonha ser "famoso" à custa de simplesmente "ser famoso"? Por mim acho muito bem que as colocações dos professores tenham sido uma bela merda. O site, ou seja lá o que for, onde tiveram (porque foi nisso que se meteram ou não foi?) que procurar as colocações estava bloqueado? Pois é porque tinha mesmo de estar! O sistema de SMS que lhes ia servir para saber em que escolas é que tinham de ir aturar putos ranhosos falhou? Pois é muito bem feito que falhe! Por mim mandava fechar as escolas todas e mandava os putos todos para a tropa e às miúdas mandava-as aprender coisas que lhes viessem a ser úteis (já não se arranja uma gaja que saiba fazer um bom broche). Não é à toa que Portugal é o país onde menos se lê. Como toda a gente aldraba quando se-lhes aparece um gajo a fazer perguntas sobre os hábitos de leitura (o mesmo acontece com as perguntas sobre os hábitos sexuais) estou convicto que o português médio não lê mais que duas frases por mês (e uma delas estará inevitávelmente escrita por trás da caixa dos cereais). Esta merda só é novidade para quem seja estúpido e as causas não têm sequer grande importância. O que importa reter aqui é que a educação em Portugal é obviamente um caminho completamente estéril e que perder tempo e paciência com isso é completamente inútil. Das escolas, à universidade aos simples cursos de formação profissional a educação em Portugal é um exemplo de talento desperdiçado. O talento está, isso sim, na capacidade de transformarmos coisas que para outros (falo de povos com quem nunca tivemos puto a ver: Japoneses, Suecos, Eslovacos) são óbvias em "aldrabices" e "negociatas". É esse talento que importa patrocinar e não insistir na ilusão de que um dia não seremos analfabetos. O lema do ministério da educação deveria ser algo como "Queremos que se foda a puta da educação", vamos lá ver é se a malta aplica os recursos nalguma coisa mais útil. A culpa disto, ainda para mais, é dos comunas, que apesar de serem quem mais protesta, foi quem mais insistiu na utopia risível da educação para todos...

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